sexta-feira, 29 de novembro de 2013

TRICAMPEÃO, ELES MERECEM!

Eles merecem, o título é deles mais uma vez. Quem acreditaria que esse time conquistaria um título nacional este ano? Pois é, mas ao que parece essa história de alguma maneira se repete.

Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte:- quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará à camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável. Nelson Rodrigues. 


É isso, injusto seria o futebol se este Flamengo não fosse o campeão. Eles foram protagonistas durante toda esta Copa. E claro, a sua torcida, aquela que inflama sempre quando o time precisa, aquela que lota o cenário mais mítico do futebol. Aquela que participa diretamente e influi no resultado, que antes de uma partida de tamanha importância faz quase um ritual, é como se eles também entrassem no campo junto com a equipe, com os jogadores. "Com esse preço de ingressos, o Maracanã não vai encher, não vai lotar". Para a nação rubro-negra, ver o Flamengo campeão não tem preço, quer dizer, eles não vão para ver o seu time campeão, eles vão para formar parte disso e ser campeão junto com o seu time. "Torcida não ganha jogo" disse uma pessoa em um comentário ignorante. Sim, uma pessoa que diz essa tamanha atrocidade, é claro não conhece a torcida do Flamengo. Hoje, rivais, anti-flamenguistas, ou o que sejam, nenhum pode negar que o título rubro-negro é inquestionável. Ganharam de 4 dos 5 maiores times da tabela do Brasileirão. Do Flamengo você não pode duvidar jamais e neste campeonato, isso foi algo quase constante. "O Cruzeiro é o melhor time do Brasil atualmente, não há possibilidades deste time limitado do Flamengo vencer" contradizendo a tudo e todos, o Flamengo novamente vai lá com suas raízes, seus meros guerreiros de raça, e seu maior patrimônio, a sua nação. Com esses ingredientes: manto rubro-negro, torcida contagiante e a vontade incessante de vencer, não precisa de craques. Não quando se trata de Flamengo. E ali, logo de passar pelo Cruzeiro, todos começaram a ver o Flamengo como o favorito a vencer essa Copa. Ao passar pelo Botafogo, eles tiveram certeza. "Desta vez não passa, seremos campeões". E eles foram lá com aquela confiança caracterizada pela forma mais flamenga de ser. Mas com um tanto de medo, de um novo fracasso, um outro vexame, bastante disfarçado. Mentiroso é o flamenguista que nega haver temido fracassos como América do México e Santo André. Mas não era o dia, tudo conspirava à favor do Fla. Como eu disse anteriormente, eles foram os protagonistas da Copa do Brasil, não poderia haver outro campeão, com todo respeito ao Atlético-PR, que fez uma excelente campanha também. Mas que me perdoem, não era a vez deles, não tinha como. O brasileiro, já não estava mais ligando para o chato Brasileirão de pontos corridos. Acho que esta fórmula não particulariza o povo brasileiro, é como se quiséssemos sempre a pressão, a adrenalina que impera em torneios mata-mata, é como se nós, povo apaixonado pelo futebol precisássemos destes ingredientes que contêm neste tipo de torneio. Olhares desviados para a Copa do Brasil, e aquele grande campeão do Brasileirão com sobras, que voava e era sim, o melhor time do país, com o melhor futebol jogado, era ofuscado, por um outro torneio, com outro campeão. O campeão era o time do povo, o título era da torcida do time que mais caracteriza o brasileiro. O Flamengo era aquele time limitado, com um centro-avante sem tantos recursos, mas que marca, um meio-campo sem um camisa 10, um técnico que não era de ponta, comum e “feito em casa”. Este foi o campeão da Copa do Brasil, ganhando daquela forma que o Nelson Rodrigues descreve acima. 



                            Saudações rubro-negras
                                                                             

                                                                                           Vinícius Lima

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